sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Apresentação de Raphael Diego Greenhalgh

Olá!

Meu nome é Raphael Diego Greenhalgh. Sou graduado em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília – UnB, e descobri a beleza deste curso (para mim) só após sair da graduação e me inserir no mercado de trabalho. Quando prestei o exame vestibular, devo confessar que “Biblio” não era minha primeira opção de carreira, fato que descobri não ser exclusividade minha. Entretanto, como havia ingressado, eu tinha em minha mente estereótipos sobre a profissão. Dentre as exigências curriculares que achei existir estava uma intensa carga de leitura, um aprendizado aprofundado de História, conhecimento de várias línguas e muitas disciplinas sobre hábito de leitura. Minhas fantasias provavelmente tinham raízes nos filmes hollywoodianos, já que não convivi com a figura do bibliotecário de outra maneira (na minha escola não tinha este profissional; mal tinha biblioteca). Filmes como “A múmia”, com uma bibliotecária sexy, entendedora de vários idiomas e sistemas de classificação – além de boa de briga – trouxeram o pouco que eu sabia até então sobre esta atividade.

Ao longo do curso, essa primeira noção foi se dissipando, principalmente ao tomar intimidade com a grade curricular e perceber que o curso na UnB era mais voltado para a área tecnológica (que fique claro que também acho necessário ter este conhecimento), que disciplinas como Paleografia não eram mais ofertadas e que História do Livro e das Bibliotecas não era obrigatória (no meu tempo era ofertada a cada dois anos), e que se quiséssemos aprender sobre Conservação, Preservação e Restauração teríamos que pegar tal disciplina na Arquivologia, no período noturno, complicando para nós da “Biblio”, já que o curso é diurno, quase que praticamente matutino. Assim, este lado que posso chamar de mais “clássico” da Biblioteconomia só foi surgir em minha vida ao entrar na UnB como funcionário, através de concurso público, em 2008, quando fui agraciado com a possibilidade de trabalhar na Seção de Obras Raras da Biblioteca Central e que culminou em amor a primeira vista.

A convivência com obras que carregam tanta história informacional em seu texto e talvez mais ainda em seu suporte foi despertando cada vez mais o meu interesse sobre esses objetos venerados por muitos e por mim como verdadeiras obras de arte. Para conhecer um pouco mais sobre o tema fiz um curso na área de seleção e curadoria de obras raras, em Salvador, com Ana Virgínia Pinheiro, chefe da Coleção de Obras Raras da Biblioteca Nacional, e um curso, também sobre segurança de acervos culturais, pelo Museu de Astronomia do Rio de Janeiro, além de ter obtido a felicidade de poder trabalhar mais sobre este assunto no Mestrado, que iniciará em 2011 e quando espero poder ter a Professora Miriam como orientadora.

Tenho certeza que aprenderei muito com o restante do Grupo IMI, já que pelas apresentações anteriores deu para perceber o quanto são experientes e apaixonados pelo que fazem; se possível, gostaria de contribuir com o pouco que sei sobre Obras Raras. Aproveitando o espaço para fazer merchandising, desde já convido a todos para irem ao setor conhecer nossas preciosidades.

Um abraço!

Raphael

Um comentário:

MIRIAM ALVES disse...

Bom dia Raphael, meu nome é Miriam e estou fazendo meu TCC sobre preservação e conservação de obras raras, gostaria de saber se você tem algumas sugestões de artigos, livros para complementar minha bibliografia. Obrigada
Meu e-mail é
mimi33_alves@hotmail.com
Desde já ficomuito agradecida
Miriam estudante de Biblioteconomia