quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Apresentação de Nancy Campos Muniz

Eu sou Nancy. Uma caiçara perdida no cerrado, nascida em Santos (SP) e radicada em Brasília desde 1977, quando aqui cheguei para fazer a graduação em Direito. Entre a conclusão do curso e a procura por emprego, casei com o Cristiano (um cara muito legal, que insiste em ficar comigo até hoje). Fui admitida no CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) onde construí uma trajetória profissional de quase 30 anos, voltada para a formulação de políticas públicas de Ciência e Tecnologia (C&T) e cujo produto principal talvez tenha sido a concepção e criação do Centro de Memória Institucional do CNPq, em 2001.

Tive 3 filhos maravilhosos cuja educação administrei entre o Mestrado em Sociologia (UnB), o DEA em Ciência da Educação, na Sorbonne, e o Doutorado em História Cultural (UnB). Minhas principais temáticas de pesquisa estiveram voltadas para reflexões sobre a tecnocracia e a formulação de políticas de C&T no Brasil, até que no 4º semestre do doutorado cursei uma disciplina na História, ministrada pelo prof. Jaime Almeida, com a proposta de analisar imagens de pinturas consagradas relacionando-as com seus contextos de produção. E foi aí que os sinos tocaram...

No ano seguinte cursei a disciplina Leitura de Imagens, na Faculdade de Ciência da Informação (UnB), com a prof.a Miriam Manini, e desenvolvi um estudo sobre a análise do símbolo do CNPq, a partir de sua construção imaginária, onde utilizei recursos metodológicos da história oral e da análise do discurso. Esse trabalho rendeu o artigo que integra o livro “Imagem, Memória e Informação”, do qual participei também como organizadora, juntamente com a Miriam e o colega Otacílio, também integrantes do IMI.

Minha inserção no Grupo de Pesquisa IMI ocorre a partir do interesse em aprofundar meus estudos e reflexões sobre as relações existentes entre imagem-memória-história possibilitando a problematização de registros imagéticos enquanto saberes-fazeres, produtores de tramas de significados que se materializam nas relações sociais, permitindo-nos a captura dos sentidos atribuídos ao mundo em que vivemos, em diversas configurações temporais.

Meus principais referenciais teóricos têm sido: Roger Chartier, Michel De Certeau, Cornelius Castoriadis, Pierre Nora, Alberto Manguel e Peter Burke.

Um grande abraço a todos!

Nancy

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